Caso Bernardo - No primeiro dia de julgamento, delegadas que acompanharam o caso foram ouvidas

Ainda faltam 11 testemunhas a serem ouvidas

O julgamento do Caso Bernardo teve início nesta segunda-feira, no fórum de Três Passos. Ao longo de cerca de 12 horas de trabalho, foram definidos o corpo de jurados, além de colhidos os depoimentos de duas testemunhas, as delegadas Carolina Bamberg e Cristiane Moura, que acompanharam o caso.

A juíza Sucilene Engler retomará a sessão de julgamento a partir das 9h desta terça-feira.

A delegada Caroline Bamberg foi a primeira a depor no julgamento, arrolada pela acusação. Ao longo de quatro horas, ela falou sobre o caso. “Percebia-se claramente que havia envolvimento do Leandro, Graciele e Edelvânia”, afirmou ela, que era delegada titular de Três Passos e acompanhou as diligências. Conforme a policial, depoimentos de Leandro e Graciele apontavam contradições. “Quando comunicamos o Leandro Boldrini sobre a morte do filho, a única preocupação dele era reivindicar que fossem apresentadas as provas. Não esboçou outra reação.”

Caroline também relatou que à exceção dos familiares de Leandro, os depoimentos eram unânimes afirmando que o pai não demonstrava grande afeto com Bernardo. “O pai procurou no domingo à noite, não encontrou o garoto. Foi dormir antes da meia-noite e trabalhou normalmente na manhã de segunda-feira, com o menino sumido há dois dias”, disse a testemunha. De acordo com a delegada, os acusados estavam certos da impunidade no caso.

A delegada Caroline informou também que Graciele e Edelvânia foram reconhecidas comprando ferramentas, soda cáustica e midazolam – que é um agente indutor do sono. Ampolas com agente estariam em falta na clínica em Leandro trabalhava, segundo ela.

Já no fim da tarde, teve início o testemunho da delegada regional de Frederico Westphalen, Cristiane Moura, que participou da investigação do caso. Ela relatou que Bernardo era um menino “extremamente carente”. A policial detalhou como o corpo do menino foi encontrado. O depoimento dela terminou por volta das 21h, quando a sessão foi interrompida.

 

Delegada Cristiane de Moura e Silva Braucks depôs por três horas Reprodução / TJ-RS

 

Fonte: AU Online

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