Marroni defende desenvolvimento sustentável em audiência pública

Deputado Fernando Marroni falou sobre projeto de lei que proíbe a concessão de novas licenças para mineração de carvão no estado

Imagem: Reprodução TV ALRS

 

Na noite de ontem (14) a Comissão de Economia, Desenvolvimento Sustentável e do Turismo da Assembleia Legislativa realizou audiência pública para debater o carvão mineral e o desenvolvimento da metade sul do Estado. Proposta pelo presidente da comissão,  deputado Zé Nunes (PT), a audiência contou com a participação de pesquisadores da área, políticos da região e entidades de proteção ao meio ambiente.

O carvão mineral é uma fonte não renovável de origem fóssil e uma das formas de produção de energia mais agressivas ao meio ambiente. “É um consenso da comunidade científica mundial: queimar carvão é aumentar o efeito estufa, é colocar mais poluição na atmosfera e diminuir cada vez mais a possibilidade de vida no planeta”, disse o deputado Fernando Marroni (PT), que possui formação como engenheiro eletricista, ao defender que a sociedade deve caminhar para a sustentabilidade, deixando de lado a exploração de fontes poluentes como o carvão.

O professor Francisco Milanez, da Agapan, se manifestou na audiência e afirmou que o desenvolvimento sustentável não é compatível com a mineração do carvão, e disse que o aquecimento global é causado, em parte, pela queima de combustíveis fósseis. Milanez também afirmou que o Rio Grande do Sul é o berço do ambientalismo brasileiro e possui condições de atrair investimentos internacionais para a produção de energias limpas.

O deputado Marroni possui um projeto (PL 337/2019) para proibir a concessão de novas licenças ambientais para atividade de mineração e exploração de carvão mineral no âmbito do território do RS, que atualmente tramita na AL e foi discutido na audiência. Apesar de terem sido apresentados argumentos contrários, Marroni afirmou que o projeto não vai extinguir as usinas existentes nem interromper as atividades que estão em andamento, e defendeu que o Rio Grande do Sul precisa partir para uma matriz energética limpa. “É muito importante que se continuem as pesquisas, e esse carvão fique reservado até que tenhamos tecnologia para que a exploração não ataque a vida humana”, disse o deputado.

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