Porto Alegre - Comitiva do MST é recebida por Eduardo Leite no Piratini
Governador do Estado ouviu reivindicações e disse estar sempre aberto ao diálogo
Eduardo Leite falou de diretrizes para educação nos assentamentos | Lucas Rivas / Rádio Guaíba
O governador do Estado, Eduardo Leite, recebeu uma comitiva do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na tarde desta terça-feira no Palácio Piratini e ouviu dos integrantes do movimento diversas reinvindicações. Entre ela, o repasse de recursos ao Programa Camponês, perfuração de poços artesianos, construção de redes de distribuição de água e a questão das escolas nos assentamentos.
O chefe do Executivo gaúcho respondeu sobre a questão que envolve o possível fechamento de unidades educacionais nos assentamentos rurais. Segundo ele, o foco do Estado é o aprendizado do aluno. Leite disse que o número de escolas será revisado. "Não é o caso de cada assentamento precisar ter uma escola, vamos analisar caso a caso. Se em determinado assentamento não houver a possibilidade de conduzir os alunos para uma determinada escola na região, por exemplo, bom, aí se entende a necessidade de seguir funcionando no assentamento".
O governador delegou ao secretário estadual de Agricultura, Covatti Filho, a tarefa de manter a interlocução, avaliar e buscar solução a cada demanda apresentada. "O governo do Estado está aberto ao diálogo. Vamos sentar e buscar convergência para atender milhares de pessoas que participam dessa realidade da Reforma Agrária", disse Leite. Ele ainda complementou que, “independente das questões políticas que envolvem o Movimento, o Estado tem que olhar para os assentamentos e propiciar políticas públicas”.
Cedenir de Oliveira, dirigente estadual do MST, avaliou a reunião como positiva, pois reforçou o posicionamento do governador de sempre estar aberto ao diálogo. “Por mais que há diferenças do ponto de vista de algumas políticas gerais do seu governo, Leite reconhece a força econômica e política do Movimento”, destacou.
O governador destacou que, independente das questões políticas que envolvem o movimento, existem pessoas que vivem nestes locais e o governo tem que proporcionar políticas públicas para estes cidadãos seja em apoio técnico seja na área da saúde e educação.
Fonte: Piratini/Correio do Povo