Família de Rio dos Índios reclama da qualidade e insuficiência de material para habitação popular. Secretário do município contesta.

Casal teria sido inscrito na Assistência Social do município para a aquisição de uma moradia, mas no decorrer de um longo período acabaram se frustrando

Família  diz que Administração Municipal não cumpriu com suas responsabilidades na execução do referido projeto | Foto: JR/Redação Rádio Rio Fm

 

Uma família de Rio dos Índios procurou a imprensa para denunciar seu descontentamento com suposto descaso em relação ao um programa de Habitação Popular desenvolvido pela Administração Municipal. Conforme relatou a esposa de Dalmir Bilini, o casal teria sido inscrito na Sec. De Assistência Social do município para a aquisição de uma moradia, mas no decorrer de um longo período acabaram se frustrando com o que aconteceu. Na manhã da última segunda-feira (25/11), Zenaide Bilini, procurou a Rio FM para expor sua indignação, o que ela mesma chamou de desabafo.

Para Zenaide, a Administração Municipal não cumpriu com suas responsabilidades na execução do referido projeto. Segundo ela, o material que fora entregue até a sua propriedade para a construção, era de péssima qualidade, além disso, insuficiente para se executar a planta elaborada, alegando inclusive a falta de argamassas, lajotas, tijolos, tintas entre outros. Afirmou também que foram pressionados a concluir a obra em 90 dias, sob pena de não receberem o pagamento pela mão de obra, (serviço do pedreiro) que eles mesmos, o casal Dalmir e Zenaide Biline realizariam. O valor de acordo com a família seria de um total de R$ 7.000,00 Sete Mil Reais, recurso esse que estaria incluso no valor total da obra que seria de R$ 33.500,00 Trinta e Três Mil e Quinhentos Reais. Eles afirmam não terem recebido nada desse valor.

Zenaide revelou que como a pressão foi tamanha, resolveram então fazer um financiamento para poder adquirir o restante do material para então concluir a construção, sendo que ainda restou faltando às tintas para a pintura. A família, portanto reivindica que, a Administração Municipal efetue o repasse do dinheiro gasto com os materiais, as tintas que faltam para fazer a pintura, inclusive o recurso para o pagamento do  pedreiro.

Na manhã de hoje o secretário municipal Sr. Jorge Oliveira, da Sec. de Assistência Social, órgão responsável pela condução e execução do programa, esteve na rádio Rio Fm, expondo a sua versão sobre os fatos. Na oportunidade, Jorge fez um esclarecimento sobre o ocorrido, contestando a versão dada pelo casal Bilini. O secretário falou que haviam 3 grupos para a aquisição dessas moradias, sendo um grupo de 4 pessoas (famílias), outro de 6, e o terceiro grupo formado por 10, esse último grupo do qual faz parte o casal Bilini, foi excluído do programa. Segundo ele, o Banco do Brasil alegou a falta de recurso financeiro por parte do Governo Federal, motivo pelo qual o Banco resolveu cancelar o programa para essas 10 famílias.

No entanto, o Sec. Jorge argumentou que a administração do município, por intermédio da Assistência Social decidiu bancar com recurso próprio a casa para o casal Bilini.

Perguntado sobre a insuficiência e má qualidade do material reclamado por Zenaide, Jorge disse que como o casal pediu que fosse alterado o projeto original, acabou com isso faltando material, justamente por ter sido adulterado a planta inicial. Já com relação à qualidade do material, Jorge disse que caberia ao engenheiro responsável pelas obras averiguar essa questão, uma vez que a Secretaria tinha apenas incumbência de acompanhar a entrega do mesmo.

 

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