Beneficiário de programa habitacional de Rio dos Índios expõe indícios de irregularidades no programa

Para ter sua casa construída foi preciso bancar quase metade do material por conta própria, sendo que o programa previa aquisição da moradia totalmente gratuita, afirma.

Luíz Bilibiu afirmou ter gasto mais de R$12.000,00 para ter sua casa construída. Porem o programa previa aquisição gratuita da moradia | Foto: Redação Rio Fm

 

Um beneficiário do programa de habitação popular desenvolvido pela Administração Municipal de Rio dos Índios fez revelações apavorantes com relação a sua participação em um programa de habitação do município. Luiz Bilibiu concedeu entrevista para a rádio Rio Fm na segunda-feira (09/12), e na ocasião Luiz expôs indícios de irregularidades na condução do programa, pelo menos em seu caso.

Há poucos dias outra família beneficiária do mesmo programa denunciou situação semelhante, porem o secretário da Assistência Social do Município Jorge de Oliveira contestou, e disse não haver irregularidades na condução do programa, e que o casal Biline havia ficado de fora do mesmo por falta de repasse de recurso pelo Banco do Brasil, uma vez que o Governo Federal através do Ministério da Cidadania teria contingenciado gastos.

Com isso, 10 famílias do município que estariam inscritas no programa, foram excluídas, disse o secretário. No entanto no caso específico da família Bilini, como parte do material já havia sido entregue na propriedade, o secretário Jorge afirmou que a Administração optou pela conclusão da obra com recurso próprio, segundo ele para não frustrar a família.

Já com relação ao beneficiário Luiz Bilibiu o secretário informou que assim como outras nove famílias dos grupos 1032 e 752 o recurso estaria garantido, e que as obras estariam praticamente concluídas restando apenas parte do recurso para o pagamento da mão de obra. Mas não foi essa versão dada por Bilibiu. Conforme ele o relato feito pelo casal Bilini é muito semelhante ao que lhe aconteceu, Luiz afirmou que a qualidade do material recebido para sua construção era precária e inferior à quantidade necessária para conclusão da obra, sendo que alguns itens como argamassas, por exemplo, usadas para afixar lajotas, não chegou a receber.

Questionado sobre uma possível alteração no projeto alegada pelo secretário no caso do casal Bilini, o beneficiário garantiu não haver esse tipo de procedimento na sua construção, disse que apenas teria adicionado uma carreira de tijolos, oque segundo ele tal acréscimo não traria nenhuma diferença no conjunto da obra, a não ser discreta e insignificante dada à tamanha falta de material.

Disse também que faltou parte da coberta, e o cimento que lhe foi entregue estava praticamente todo vencido, não sendo possível utilizar uma saca sequer, uma vez que estava todo empedrado. Luiz teve que comprar mais de 20 sacos do produto (cimento), precisou comprar areia, forros, além de (1.000) um mil tijolos entre outros materiais.

Perguntado sobre o valor que ele teria gastado por conta própria para poder realizar a obra, Luiz afirmou ter gasto mais de R$12.000,00 (Dose Mil Reais). Segundo ele, com muita dificuldade porque não dispunha desse recurso.

Perguntamos também se ele teria provas dessas informações, ele prontamente fez questão de mostrar um pacote com várias notas fiscais referentes aos materiais adquiridos no comércio local e em Nonoai.

Nenhuma descrição de foto disponível.

Foto: Redação Rio Fm

 

Também a exemplo do casal Bilini, o Sr. Luiz afirmou ter sofrido pressão por parte da Secretaria da Assistência Social para que a obra fosse concluída, e como a faria sem o material? Indagou Luiz, não restando mais alternativa a não ser comprar o que faltava para que a obra fosse realizada evitando que o recurso anteriormente aplicado não viesse a se perder. Fui obrigado a fazer com dificuldades sendo que não tinha condições para tal, afirmou novamente.

Por fim pediu que o município pagasse a mão de obra devida ao pedreiro para cessar seu incômodo e não passar mais vergonha, uma vez que o profissional tem lhe cobrado com frequência.

Conversamos por telefone com o Secretário Jorge, e peguntamos se ele teria algo a dizer, Jorge disse que não iria se pronunciar sobre o assunto.

 

 

Comentários